sexta-feira, 17 de junho de 2011

4ª Proposta de Trabalho - Infografia - Trabalho Individual

Trabalho Teórico Individual

Recolha de Imagens

Teresa Lencastre


A infografia é uma das tipologias utilizadas na Comunicação Visual e consiste na articulação de códigos icónicos e verbais, com o objectivo de disponibilizar uma informação alargada e precisa.  A informação é transmitida através da articulação de tipografia e de ferramentas visuais, de forma a facilitar a leitura por parte do público. Em suma, a infografia suscita vários estímulos, tornando a leitura verbal e visual mais imediata e dinâmica. Surgiu com a imprensa, apesar da prática ser muito anterior a isso.
Os seguintes exemplos, dizem respeito às primeiras experiências infográficas:


Infografias de Leonardo da Vinci, meados de 1510

Durante a 2ª Guerra Mundial, a tipografia era utilizada para todo o tipo de temas ligados à defesa (infografias de 1940)

Infografia de Charles Joseph Minard, relativa à marcha de Napoleão sobre Moscovo, 1861

A estrutura da infografia deve ser preferencialmente, a seguinte: Título - Texto – Corpo - Fonte. O Texto funciona como lead, sintetizando os conteúdos principais apresentados na infografia. Existem três tipos de infografia: a narrativa, a exploratória e a simulatória. Na realização de qualquer infografia, devemos seguir cinco fases fundamentais: a obtenção; a etapa heurística; a formalização e a correcção; a realização definitiva e a verificação. Podemos servir-nos de técnicas, tais como a dos planos hierarquizados (visível nos exemplos mais abaixo) e da separação dos diferentes blocos de imagem e de textos. A concretização de uma boa infografia passa pela clareza da informação documentada, pelo rigor no registo visual e pela impossibilidade de leituras ambíguas. O objectivo é, em qualquer infografia, conseguir uma leitura de menor esforço e uma redução do tempo necessário de descodificação, como refere Joan Catca.

Mais exemplos…






quinta-feira, 16 de junho de 2011

4ª Proposta de Trabalho - Infografia - Resultado Final

Infografia

Trabalho Prático Conjunto

Teresa Lencastre, Diana Tinoco






Optámos por realizar uma tipografia acerca da Rua do Almada, no Porto, como forma de promover a "almadarua" que a maioria das pessoas desconhece. 

Vulgarmente conhecida como o centro de comércio ferrageiro da cidade, muitas são as lojas que, nos últimos anos, têm vindo a aparecer e a alterar essa realidade. O nosso objectivo principal foi conceder-lhe um ar retro, artístico, que se afastasse do conceito do comércio ferrageiro. Para a realização desse fim, colocámos na imagem o carro antigo (o que transmite, também, a ideia de movimento, de rua), a barra central em cores fortes (que pretende ser a própria rua, em linha recta) as placas de direcção em madeira e o fundo em tons sépia. Na zona inferior da imagem estão presentes as lojas focadas no nosso trabalho com o respectivo número da porta e uma brevíssima descrição do que podemos encontrar em cada uma delas.No número 275, a Embaixada Lomográfica do Porto partilha o espaço com a Louie Louie, uma loja de cd's, vinis e dvd's, desde as últimas novidades aos clássicos, novos ou usados.A Nove Vidas, no número 289, dedica-se ao restauro de objectos, jóias e mobiliário antigo, aos quais é concedida uma "nova vida".No número 415, a Retrato do que Vejo é um espaço de artesanato urbano, design de moda, ilustração e joalharia contemporânea, que, para além de local de venda, é também o espaço da própria concepção das peças.Maria Vai Com as Outras, no número 443, é uma loja de livros, revistas, artesanato, mobiliário, vinhos, galeria e café-concerto, que, em algumas noites, torna-se também num bar.No número 448, a Zona 6 apresenta-se como um espaço destinado à gravação de vinil, à realização de eventos e à venda de discos, equipamento áudio e acessórios e DJ.A Naturarte, no número 536, é um projecto de partilha de novas tendências que pretende abrir espaço à colaboração de vários artesãos do país, aliando os novos conceitos do artesanato moderno à sabedoria das tradições.Finalmente, a Casa Almada, no número 544, é especializada em móveis, iluminação e arquitectura do século XX. Apesar de termos visitado mais lojas no decorrer do nosso trabalho, chegámos à conclusão de que não seria viável colocá-las a todas na imagem, essencialmente por falta de espaço. Assim, optámos por excluir a African Art, a Jorge Cardoso Roupagens e a Branco Simples, por não se aproximarem tanto do conceito que queríamos transmitir.Concluindo, a essência jornalística da nossa infografia está presente na transmissão de uma ideia geralmente desconhecida na cidade do Porto - a rua do Almada como um local criativo e dinâmico. O texto que se encontra na parte superior pretende, exactamente, comunicar isso mesmo, estabelecendo o contraste entre as duas faces da rua - centro de comércio ferrageiro do Porto vs. comércio alternativo. Apesar de não termos presente uma rua que corresponda à realidade, todas as lojas abordadas contêm a identificação da sua localização através do número da porta, por ordem crescente (no sentido da Praça da Liberdade até à Praça da República), o que permite uma fácil descoberta das mesmas ao longo da rua.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

3ª Proposta de Trabalho - Cor - Resultados Finais 2 e 3

Cor

Trabalho Prático Conjunto

Teresa Lencastre, Diana Tinoco


Exercícios 2 e 3






Neste exercício de manipulação da cor, pegamos numa fotografia de um rebanho de ovelhas. Nessa primeira imagem, nada mais há a assimilar do que o facto de se tratar de um aglomerado uniforme e anónimo de ovelhas, não existe nenhum outro elemento visual que conduza a uma leitura diferente.
Contudo, a simples modificação da cor de uma das ovelhas, visível na imagem manipulada, inverte esta situação. A ovelha da extrema-direita passa a ser escura, estabelecendo, assim, um contraste com as restantes ovelhas, que mantém a cor original. Na nova imagem destaca-se a “ovelha negra” das restantes ovelhas, que permanecem anónimas e uniformes.
Esta pequena modificação conduz a uma inversão comunicativa muito grande. Na primeira imagem, como dissemos, vemos um rebanho, nada mais. Na segunda, vemos a famosa ovelha negra, que se diferencia das restantes. Esta nova imagem passa a integrar um significado alargado, na medida em que ilustra a simbologia da ovelha negra nas sociedades humanas: o elemento desenquadrado ou descontextualizado, aquele que não se integra numa dada comunidade ou conjunto homogéneo de pessoas.





Neste caso, optámos por abordar a ideia pré-formada de que se associa a cor azul aos rapazes e, por sua vez, o cor-de-rosa às raparigas. Desta forma, trabalhámos uma imagem em que cada um estivesse com a sua cor "respectiva", trocando-as no resultado final. Invertemos a comunicação, na medida em que boicotámos o estereótipo das cores associadas ao sexo das crianças. Porque não o azul para a menina e o cor-de-rosa para o menino? A nova imagem vem, assim, relativizar a importância desta convenção social, na medida em que a inversão das cores não altera, de facto, o sexo de nenhuma das crianças.


terça-feira, 19 de abril de 2011

3ª Proposta de Trabalho - Cor - Resultado Final 1

Cor

Trabalho Prático Conjunto

Teresa Lencastre, Diana Tinoco


Exercício 1





A primeira imagem escolhida para manipulação da cor, de forma a inverter a intenção comunicativa, remete para a mulher perfeita dos anos 50 - a chamada perfect housewife. Esta era uma imagem frequente nas revistas da época e ilustrava a ideologia do papel da mulher na sociedade, como dona de casa (a "fada do lar" na versão portuguesa). Nesta proposta de trabalho, em que a mensagem comunicada deveria ser modificada através da edição de cor, achámos engraçado mudar a cor da pele da senhora na imagem, tornando-a numa mulher de pele negra. Isto porque, tratando-se de uma imagem dos anos 50, época onde ainda dominavam valores racistas, principalmente na classe social representada na imagem, seria impossível o surgimento de uma publicidade com uma mulher negra no papel central, esperando que o marido (branco!) chegasse a casa. 
A imagem criada vem transmitir duas novas mensagens. Além de ser uma resposta sarcástica à "mulher perfeita" anunciada nas revistas, é um protesto assumido contra o racismo e a segregação racial. A ideia foi deturpar toda a essência da primeira imagem e ainda alertar para outra problema enfrentado, ao longo da história, na sociedade ocidental. 
Se na primeira imagem lemos "a mulher perfeita é aquela que espera o marido em casa, com o jantar feito e a casa limpa", na segunda imagem lemos "a imagem da mulher perfeita é tão absurda como o racismo".
O objectivo deste trabalho não era abordar questões de racismo ou do papel da mulher na sociedade, apenas achámos que, neste caso, a mudança da cor da pele conduziu, de facto, a uma total mudança da intenção comunicativa da primeira imagem.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

3ª Proposta de Trabalho - Trabalho Teórico Individual e Recolha de Imagens

Trabalho Teórico
Teresa Lencastre

A cor é, de facto, um dos elementos visuais mais importantes, na medida em que é capaz de transmitir uma grande quantidade de informação. É possível, em muitos casos, aferir o significado de uma imagem quase somente pela presença da cor.
Neste trabalho teórico, comecei por referir a importância que a cor pode assumir, enquanto símbolo. As restantes imagens dizem respeito à recolha de situações em que é evidente a possibilidade de comunicar mensagens quase somente pela presença da cor. Por isso mesmo, este processo de recolha permitiu um melhor enquadramento teórico e um maior aprofundamento das competências necessárias à realização da proposta de trabalho prática da cor. Nas legendas de cada imagem, coloquei indicações que correspondem àquilo que a cor comunica, em cada situação. 





Esta é uma situação em que a cor assume uma simbologia muito forte. Trata-se de uma fotografia dos famosos "capitães de Abril", que encetaram o golpe de Estado que depôs a ditadura do Estado Novo. No dia do golpe foram colocados cravos vermelhos nos canos das espingardas dos soldados. O cravo vermelho tornou-se rapidamente no símbolo da revolução, indo de encontro com os respectivos ideais: ao vermelho associamos luta, vitalidade, agitação, dinamismo e força. É uma cor que se impõe, tal como a revolta de 25 de Abril. Em Portugal, o cravo vermelho nunca mais foi dissociável da Revolução de Abril. À presença do cravo vermelho, associamos, em sentido restrito, o 25 de Abril, e em sentido alargado, a liberdade, a revolta e a força.  Um caso em que a cor se impõe conceptualmente, sobrepondo-se a outros significados associados ao cravo.



A cor da pedra indica que se trata de um diamante, de uma esmeralda, de uma turmalina, de uma safira ou de um rubi
Um funeral

A cor da paisagem indica que é Outono


As cores verde, amarela e vermelha sobre a fotografia de Bob Marley indicam que era jamaicano

A cor vermelha da pele, indica que a senhora apanhou um escaldão

A cor dos semáforos varia do vermelho para o verde, consoante se deva parar ou avançar


O vermelho indica que o teste de gravidez deu positivo


A cor cinzenta do cabelo indica que se trata de uma senhora com alguma idade


O preto reveste a função de diferenciação/afirmação social na cultura gótica



Às rosas vermelhas associamos paixão. Por detrás das rosas vermelhas está alguém apaixonado


A cor da pele indica a raça da pessoa

A cor esverdeada/azulada nos alimentos serve de “aviso” à sua ingestão. O bolor indica que o alimento foi invadido por bactérias.