sexta-feira, 25 de março de 2011

2ª Proposta - Trabalho Individual e Recolha de Imagens

Trabalho Teórico Individual

Teresa Lencastre








Da recolha de exemplos tipográficos (presente mais abaixo), decidi seleccionar este para uma análise mais aprofundada, por se tratar, na minha opinião, numa comunicação forte, conseguida, no entanto, através de uma representação simples.
No conjunto, a imagem é um “Y”, trabalhado de forma a constituir um painel eléctrico com vários focos de iluminação.
A bifurcação própria da letra é revestida de uma função comunicativa original. Representa dois percursos possíveis na vida humana: suceder (“succeed”) ou sucumbir (“succumb”).
O prefixo das duas palavras (“succ”) permite criar uma imagem única sob forma de “Y”, com uma mensagem que é, no entanto, complexa. Nos dois percursos representados, a tipografia é trabalhada de acordo com a mensagem a transmitir.
 O sufixo “eed” é colocado de forma ascendente, enquadrando o próprio conceito de sucesso (ascender na vida, suceder) e as letras são estilizadas também de acordo com a intenção comunicativa, através dos variados focos de luz, bem iluminados. A simbologia da luz remete, de forma incontornável, para o positivismo, inserido, naturalmente, no conceito de sucesso.
Por outro lado, o sufixo “umb”, também é trabalhado em conformidade com o significado da palavra “succumb”: é colocado de forma descendente (“descer” na vida, desistir, sucumbir) e os focos de luz quase não iluminam, são baços, dando a sensação de progressivo apagamento. Tal como a própria atitude de sucumbir, que consiste num processo de desmotivação, de desistência. O conceito é completado com a representação visual de desleixo, conseguida através da presença de um fio eléctrico que “salta” da estrutura de iluminação, e de vidros colocados à volta do trecho tipográfico “umb”. É feita uma analogia entre o painel mal iluminado e maltratado e a atitude de desistência que a imagem pretende figurar.
O significado desta imagem não se esgota, contudo, nestas considerações. A estilização da tipografia remete para uma mensagem ainda mais complexa. As letras são revestidas de um carácter moderno/futurista, através do referido painel de luz que constituem. O geometrismo das letras e a própria presença das luzes (ao estilo de “Las Vegas”), indicam que a mensagem relativa à possibilidade do sucesso ou insucesso não é dirigida a qualquer pessoa. Trata-se de uma mensagem à sociedade actual, ao homem moderno, que se debate no dia-a-dia com a obsessão do sucesso e com a aversão à desistência e ao consequente fracasso. Desta forma, o presente exemplo também ilustra uma das convenções mais enraizadas da sociedade moderna.
Trata-se de um exercício tipográfico interessante e muito bem conseguido, na medida em que estabelece uma comunicação clara e de compreensão imediata, ainda que aborde uma aspectos tão complexos como estes.




Recolha de Imagens

Teresa Lencastre



Campanha publicitária da do telemóvel Omnia Pro B da Samsung. A disposição do texto e o trabalho tipográfico (de um lado as letras modernas, do outro com um forte carácter abstracto) ilustram, precisamente, a vertente trabalho (work), à esquerda, e a vertente lazer (leisure), à direita, pelo que sua conjugação neste exemplo tipográfico resulta no referido equilíbrio perfeito (perfect balance).



Campanha humanitária do Fundo de População das Nações Unidas. Pretende alertar para o enorme crescimento demográfico que os países subdesenvolvidos têm vindo a registar e para a escassez de condições de vida adequadas. As letras em destaque (“We are nearly out of space”) colocadas nas margens do texto, quase como fossem sair do plano da imagem, e a “saturação” do espaço interior com variados segmentos tipográficos, conduz a essa sensação de claustrofobia, de falta de espaço.





Campanhas da empresa U.S. Preventive Medicine. As doenças a prevenir são representadas pelo próprio texto (HIV, lúpus, alcoolismo, depressão, etc) e pelas formas que constituem – o escorpião e a cobra. Tratando-se de dois animais que simbolizam a ameaça, o veneno e o mal-estar, esta representação tipográfica comunica, com sucesso, os riscos a prevenir com o Plano de Prevenção – “Learn your health risks now and they won’t be so scary later.”



Campanha publicitária da Smarties. O slogan “Feed your Imagination” – “Alimenta a tua imaginação”, justifica a colocação de um Smartie amarelo no centro de uma representação tipográfica que ilustra um ovo estrelado. No texto lemos aquilo que um Smartie pode ser, na nossa imaginação: um ovo, uma bola de praia, um limão, uma panqueca, o “meu” umbigo, etc. O tipo de letra desenhada à mão comunica, igualmente, o carácter espontâneo, livre da imaginação.




Neste exemplo, o mapa do mundo é representado quase exclusivamente em tipografia, ainda que a cor também assuma um papel importante, na medida em que delimita cada território representado. A dimensão das letras varia conforme a dimensão real de cada território, o que contribui para uma representação visual ainda mais clara.





Publicidade da marca Havaianas, relativa a uma gama especial de sandálias de motivos tribais. Daí que a tipografia utilizada simule folhas, atribuindo a este exemplo de comunicação visual um certo carácter “amazónico”.



 Mais exemplos…

















quinta-feira, 17 de março de 2011

1ª Proposta de trabalho - Imagens-suporte

Para a 1ª proposta de trabalho, utilizámos variadas imagens, com as quais compusemos a imagem final (publicada mais abaixo). A maioria das imagens recolhidas foram silhuetas representativas dos estados de espírito e posturas que a música “Within Without You” anuncia. As imagens seguintes, entre outras, serviram de suporte à  composição final. 





1ª Proposta de Trabalho - Recolha de Imagens

Recolha de Imagens

Teresa Lencastre



Neste processo de recolha de imagens, decidi seleccionar alguns exemplos ilustrativos da importância dos elementos básicos da Comunicação Visual


O ponto é um dos elementos básicos mais importantes. Artistas como Paul Signac (última imagem) desenvolveram os seus trabalhos quase apenas com a utilização deste elemento básico, criando a corrente estética “Pontilhismo”. A uma certa distância deixamos de ver os pontos e passamos a ver formas compostas.



Esquissos do arquitecto Álvaro Siza. A linha é um dos elementos primário da comunicação, condiciona a percepção da forma e permite ilustrar o que ainda não existe.


Artistas como Pablo Picasso atingiram o expoente máximo da utilização das formas na representação visual, através do Cubismo.

O jogo de texturas em obras de Pierre Auguste Renoir: a suavidade dos tecidos, a frescura da água ou a rugosidade das folhas.

A ausência/presença de perspectiva determinam a percepção da dimensão.

1ª Proposta de Trabalho - Trabalho Teórico Individual

Trabalho Teórico Individual

Teresa Lencastre





Elementos Básicos da Comunicação Visual

Segundo a autora Dondis A. Donis, “são muitos os pontos de vista a partir dos quais podemos analisar qualquer obra visual; uma das mais reveladoras é decompô-la em seus elementos constitutivos." Assim, analisando a presença dos complementos visuais básicos numa imagem, podemos facilmente avaliar o “sucesso potencial ou consumado da sua expressão”. Os elementos básicos da comunicação visual são: o plano, o ponto, a linha, a forma, a direcção, a cor, a textura, a dimensão, a escala e o movimento.
Em primeiro lugar, importa classificar o plano utilizado nesta imagem, isto é, o plano pictórico do qual o designer se serve para a construção de referências espaciais. Como se trata de um desenho, o plano é bidimensional, e é delimitado pela forma rectangular. Este elemento é importante, na medida em que a imagem se lê em função da sua colocação dentro dos limites do plano. Na imagem em questão, a imagem é construída em harmonia com o plano, apesar de se tratar de uma representação dinâmica, que comunica movimento. Veremos de seguida porquê.
Outro dos elementos presentes é a linha. Está um pouco por toda a imagem: nas cortinas, fazendo um padrão no tecido; na balança, indicando a presença da gravidade, no suporte da própria balança e em todos os contornos dos elementos.  Na representação do cenário, a linha é recta, e na representação das personagens, a linha é delicada e ondulada, fazendo uma justaposição artificial de dois tons. Reflecte em ambos os casos um trabalho preciso da parte do designer.
As formas são também utilizadas: triângulos a representarem o suporte da balança, que constitui um “A”, e um paralelepípedo a representar a tábua da balança. Segundo Dondis A. Donis, o triângulo aponta para significados como honestidade e esmero e o triângulo para acção, conflito e tensão.
Relativamente à direcção, a imagem central está claramente em posição diagonal. Esta posição remete para a noção de equilíbrio: a direcção diagonal é a mais instável e, consequentemente, mais provocadora. O designer decidiu representar um objecto que mede, por natureza, o equilíbrio, colocando-o na posição menos estática, de forma a comunicar o movimento e a animação de circo.
Relativamente ao tom, que determina a presença de luz na circunferência dos elementos, as gradações de luz são abundantes no desenho,  principalmente na representação dos ursos. O tom fica gradualmente mais escuro, onde a luz menos incide, no desenho, nos corpos dos ursos.
Dentro do elemento básico cor, as matizes utilizadas são o amarelo, o vermelho, o azul, o branco, o preto e o cinzento. O designer faz um bom exercício de contraste, justapondo cortes que conferem grande legibilidade ao desenho. A saturação varia de acordo com a luz representada, sendo mais clara onde a luz é mais intensa e mais cinzenta onde a luz é menos intensa. Esse fenómeno é visível essencialmente no corpo dos ursos. Relativamente à temperatura de cor, verifica-se que se trata de uma representação um pouco fria, devido à predominância das matizes azul, amarelo e branco.


Técnicas de Comunicação Visual

Sabemos que o design constitui um instrumento muito forte na comunicação de realidades, de mensagens, enfim, de conteúdos. Assim, o designer deve saber controlar o efeito que irá produzir com uma qualquer representação, de forma a construir uma imagem legível, com linguagem significado e coincidentes com a sua intenção comunicativa. Para isso serve-se de técnicas visuais.
Na imagem analisada, são várias as técnicas de comunicação visual presentes. Em primeiro lugar, e falando da técnica mais importante, verifica-se grande contraste: as letras em vermelho sobre fundo amarelo e os ursos brancos sobre fundo azul-escuro, tornam a imagem perfeitamente legível.
Também esta presente a técnica da instabilidade, sendo que os ursos são representados numa balança que cai para a esquerda, de forma a comunicar o carácter animado e de movimento inerente à actividade em questão e ao mundo do circo em geral.
Relativamente à simetria, verificamos que a representação é assimétrica, mais uma vez porque a balança está em desequilíbrio. Na verdade, por ser uma imagem que representa uma balança, é relativamente óbvio concluir que o designer teria de recorrer à técnica da Instabilidade e da Assimetria para conseguir o efeito desejado. Só que, por outro lado, a imagem poderá também considerar-se simétrica, tendo em conta a posição dos dois ursos da extremidade, que olham um para o outro, sentados na mesma posição.
Este poster apresenta também regularidade na sua representação, uma vez que dispõe três ursos brancos, que embora em posições diferentes, são uniformes.
Trata-se de uma imagem simples, não complexa, uma vez que os ursos se ordenam nas suas posições, sem interferirem uns com os outros, constituindo um padrão.
Está igualmente presente a técnica da Unidade, sendo que os diversos elementos (balança, ursos, letras) se ordenam de forma harmoniosa, criando um cenário uno, que é visto como um todo.
Em termos da técnica da Economia/Profusão, é possível concluir-se o designer não optou por uma ornamentação excessiva, limitando-se à inclusão sensata de poucos elementos visuais. Seguindo este raciocínio, deve acrescentar-se que foi utilizada a técnica da Reticencia (ou Minimização), de forma a obter uma resposta rápida do observador à comunicação presente. Trata-se de uma publicidade a um circo, portanto não faz sentido que a resposta a essa comunicação seja difícil ou ambígua: o objectivo é fazer com que o observador queira ir ao circo e não com que fique a divagar sobre a publicidade em questão.
Esta é uma imagem previsível, racional e de sentido imediato para o observador (isto verifica-se em termos da representação, que é imediatamente perceptível, não em termos da actividade que os ursos executam). Os ursos dispõem-se numa balança inclinada para a esquerda, o que indica que o urso do meio está a conferir mais peso ao lado esquerdo. Prevê-se que a balança se incline para a direita, se o urso der mais um passo. O designer adoptou uma forma extremamente lógica (até pela inclusão de um objecto como a balança).
É uma representação activa, exprimindo uma actividade animada, típica de circo; ousada, uma vez que obtém máxima visibilidade; enfática, pois realça o papel dos ursos, que ocupam quase toda a imagem, sobre um fundo de grande contraste; opaca, não permitindo visualizar os elementos substituídos; variável, porque os ursos mudam de posição ao longo da balança; real (ou exacta), uma vez que não é distorcida; plana, porque a perspectiva está ausente; singular, pois  focaliza na composição/um tema isolado; sequencial, ordenando os ursos de forma lógica e rítmica (e segundo a lei da gravidade).
É também utilizada a técnica da agudeza, pois a expressão dos elementos é clara, e a técnica da repetição, não porque os ursos se repetem de forma igual (até porque não é o que acontece), mas porque a sua repetição é coesa, mantendo unida e conecta a sua composição.
Nesta imagem, a textura apresenta elevada qualidade óptica. A representação do pêlo dos ursos e do veludo das cortinas confere uma sensação de suavidade muito forte, em detrimento das restantes representações, que não despertam tanto a sensação táctil.
No que toca à escala, importa referir que a medida proporcional é real. Tratando-se de uma representação extremamente realista (mais uma vez, não em termos da actividade dos ursos mas sim da sua figuração), os ursos são desenhados em proporção relativamente uns aos outros e à balança.
Trata-se de um exemplo de comunicação visual em que os elementos básicos e as técnicas interagem de forma harmoniosa, criando uma representação realista e de assimilação imediata, ainda que o tema apresentado seja provocador e aponte para uma situação caricata e improvável. Mas na verdade, o que é um circo se não um espaço de situações caricatas e improváveis? Este poster publicitário cumpre, com efeito, e servindo-se de técnicas e elementos básicos da comunicação visual, uma comunicação coesa e eficaz.


segunda-feira, 14 de março de 2011

1ª Proposta de Trabalho - Trabalho Prático

Elementos Básicos e Técnicas da Comunicação Visual


Trabalho Prático Conjunto


Teresa Lencastre e Diana Tinoco

Como primeiro trabalho prático para a cadeira de Design e Comunicação Visual, foi-nos proposta a realização de uma capa de CD a partir de sete palavras seleccionadas de uma música ao nosso critério, tendo, como base, os elementos e as estratégias da comunicação visual.
Assim, e após algum período de indecisão, optámos pela música “Within You, Without You”, do álbum “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles, escrita por George Harrison:

We were talking about the space between us all
And the people who hide themselves behind a wall of illusion
Never glimpse the truth then it's far too late when they pass away.

We were talking about the love we all could share when we find it
To try our best to hold it there with our love
With our love we could save the world if they only knew.

Try to realize it's all within yourself
No one else can make you change
And to see you're really only very small,
And life flows on within you and without you.

We were talking about the love that's gone so cold and the people,
Who gain the world and lose their soul
They don't know they can't see
Are you one of them?

When you've seen beyond yourself then you may find peace of mind
Is waiting there
And the time will come when you see
We're all one, and life flows on within you and without you.


 A letra da música descreve a falta de proximidade, de partilha e de gestos de amor entre as pessoas, afirmando que são esses mesmos gestos que podem “salvar o mundo” e que, se o homem olhar para além de si mesmo, poderá então atingir um estado de paz. O autor da música descreve a barreira que separa o amor comum do egoísmo, apelando a uma unidade entre os homens, a um “nós” que partilhe o amor capaz de salvar o mundo. As sete palavras que escolhemos (a bold) para a criação da capa de CD foram:  space, wall, people, love, share, change world. 
Este foi o resultado final:

Capa do CD

Bolacha do CD


A imagem criada corresponde à interacção destes conceitos na música, ilustrando, na nossa opinião, de forma clara, a divisão cantada pelo artista. Assim, na capa do CD, representámos um mundo dividido, na horizontal, por um muro. Na parte de cima, observamos pessoas alegres a saltar, uma criança a brincar, enfim, situações de alegria, em que se partilham sensações positivas. O ambiente é de luz, de festa e de calor, os corpos humanos são enérgicos e revestidos de cor.
Na parte de baixo, pelo contrário, observamos situações de solidão, que contrastam com a alegria anunciada na parte de cima. Não há contacto entre ninguém, as pessoas apresentam uma postura cabisbaixa, indiferente, e sem cor.
Contudo, esta separação não é rígida, existe a possibilidade de mudar (o change presente na música). A colocação das escadas assinala essa possibilidade: duas senhoras sobem essas escadas, marcando a transição do mundo negativo para o mundo positivo. A presença de cor no corpo da senhora que chega à parte de cima, simboliza o corte com o mundo de baixo, no momento em que trespassa, finalmente, o muro.

São vários os elementos básicos e técnicas de comunicação visual presentes nesta imagem. Em primeiro lugar, a linha, que, através dos contornos, indica a forma dos corpos humanos, do mundo, dos tijolos ou dos raios solares. São também constituídas formas, como o círculo, na representação do globo e dos focos de luz e de sol da parte de cima da imagem, e múltiplos paralelepípedos que se encaixam uns nos outros, constituindo os tijolos do muro. A utilização do círculo remete para a infinitude e confere uma direcção curvilínea ao desenho, o que expressa a respectiva abrangência espacial. A utilização dos paralelepípedos para representar o muro ilustra, por outro lado, a rigidez física (e psicológica, se quisermos) do objecto em questão. 
A cor é outro elemento importante na leitura da imagem criada, porque permite uma distinção imediata entre a parte de cima do muro e a parte de baixo e, mais do que isso, expressa os significados de cada situação.
Do lado de cima, observamos um mundo de cor: o globo é colorido (o azul do mar, o verde do território e o cinzento das nuvens indica que se trata do mundo), os corpos são cor-de-laranja e a imagem de fundo varia entre diferentes tons de amarelo e cor-de-laranja. A utilização destes matizes confere um valor simbólico forte à imagem: a imagem de cima expressa calor, luz, energia, enfim, o positivismo necessário à representação visual da uma das realidades cantadas na música.
 Em termos de dimensão, importa referir que não utilizámos a técnica da perspectiva, pelo que a justaposição de tons (a gradação tonal permite ilustrar a dimensão nas representações bidimensionais) também não foi necessária. Está presente apenas na imagem do globo, cuja cor escurece nas extremidades, para criar a ilusão de sombra e, portanto, da existência de um plano maior do que vemos na imagem.
Por último, falando do elemento escala, é bastante óbvio que não respeitamos a escala real entre os elementos ilustrados, porque, dessa forma, seria impossível colocar elementos visíveis no mesmo plano do mundo. Contudo, o objectivo deste trabalho era mesmo esse: criar uma imagem com conteúdo simbólico, não real.
Relativamente às técnicas de comunicação visual presentes na imagem, verifica-se, em primeiro lugar, um forte de contraste entre a parte de cima da imagem (a cores) e a parte de baixo (a preto e branco), que remete para a divisão anunciada na letra da música. No interior das respectivas partes, procurámos, também, que o contraste tornasse a imagem legível: na parte de cima, optámos por investir na saturação do cor-de-laranja das formas, o que lhes confere maior contaste sobre o fundo, e na parte de baixo, revestimos as formas de branco e de cinzento, o que permite, igualmente, uma grande legibilidade.

YouTube - Within Without You

1ª Proposta de Trabalho - Música

THE BEATLES – WITHIN WITHOUT YOU


We were talking-about the space between us all
And the people-who hide themselves behind a wall of illusion
Never glimpse the truth-the nit's far too late-when they pass away.

We were talking-about the love we all could share-when we find it
To try our best to hold it there-with our love
With our love-we could save the world-if they only knew.

Try to realize it's all within yourself
No-one else can make you change
And to see you're really only very small,
And life flows ON within you and without you.

We were talking-about the love that's gone so cold and the people,
Who gain the world and lose their soul-
They don't know-they can't see-are you one of them?

When you've seen beyond yourself-then you may find, peace of mind,
Is waiting there-
And the time will come when you see
we're all one, and life flowson within you and without you.